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Publicado em 16/12/2013

Cutícula bem cuidada, corpo protegido

Zelar por essa película protetora colada às nossas unhas ajuda a afastar diversas infecções.

Foi-se o tempo em que manter as unhas bonitas e bem aparadas era uma preocupação meramente estética. Se a maioria das mulheres nunca deixou de prezar por elas, hoje, cada vez mais homens procuram o salão de beleza para ficar com mãos mais asseadas. Acontece que, nessas horas, está em jogo (ou melhor, pode ser jogada fora) uma pequena parte do seu corpo que cumpre um papel nobre: afastar infecções. Essa pequena parte muito importante são as cutículas.

"Sem a cutícula, a pele em volta da unha fica desprotegida, o que propicia a entrada de fungos e bactérias", explica o dermatologista Luis Fernando Tovo, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Entre as infecções mais comuns estão aquelas provocadas por fungos dermatófitos, que adoram umidade e se alimentam de queratina — proteína endurecida encontrada na unha, na pele e nos cabelos. A mais recorrente em donas de casa e profissionais que se expõem constantemente à água é a paroníquia, conhecida como unheiro. "A paroníquia é uma inflamação crônica da pele ao redor das unhas, geralmente causada pela levedura Candida Albicans ou, ocasionalmente, por bactérias", define o dermatologista Ricardo Romiti, do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Para evitar surpresas desagradáveis, desconfie caso sua unha se torne inchada, avermelhada, dolorida, esbranquiçada, opaca, amarelada, espessa, quebradiça ou descolada nas bordas — qualquer um desses sinais pode indicar uma infecção. "As micoses de unha acometem cerca de 20% da população adulta entre 40 e 60 anos", estima a dermatologista Cristina Figueira de Mello, da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, no interior paulista.

Quanto antes diagnosticado o problema, melhor. O tratamento pode variar de pequenos cuidados — como o uso de luvas com forro de algodão para proteger as mãos contra a umidade — à ingestão de antifúngicos, que também podem ser utilizados sob a forma de cremes, pomadas, soluções e esmalte. "Para cada caso há uma indicação terapêutica. E a duração do tratamento depende de quanto a unha foi comprometida e se o paciente pode ou não fazer uso dessas medicações", alerta Paulo Velho, professor de dermatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.

Apesar dos riscos evidentes, não são poucos aqueles que insistem em eliminar essa película protetora. O correto, no entanto, seria jamais removê-la. "No máximo, pode ser aparada de modo superficial. Retirá-la por completo, nunca", orienta o dermatologista Hamilton Stolf, da Universidade Estadual de São Paulo, a Unesp, em Botucatu, no interior do estado.

Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0327/corpo/cuticula-bem-cuidada-corpo-protegido-589275.shtml?pag=2
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