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Publicado em 03/07/2014

Conheça o arbejdsglæde conceito dinamarquês de felicidade no trabalho

Quando o assunto é a felicidade da população, a Dinamarca está no topo do mundo. Um relatório elaborado em 2013 pela Organização das Nações Unidas (ONU) apontou o país europeu como o 1º de 156 países quando falamos de pessoas realizadas com suas vidas.

Ser feliz não está apenas na esfera pessoal do cidadão dinamarquês, mas também no trabalho – o chamado “arbejdsglæde”. Praticamente impronunciável por nós, esse termo significa simplesmente “felicidade no trabalho”, o que o profissional na Dinamarca entende por fatores como ter uma jornada de trabalho equilibrada, não trabalhar longe de casa e ter benefícios vantajosos quando está desempregado.

O site Co.Exist fez uma espécie de brincadeira, comparando o ritmo de americanos e dinamarqueses quando o assunto é dedicação e satisfação com o trabalho, e apresentamos os 5 elementos descritos como essenciais:

1. Jornada de trabalho
Os dinamarqueses tendem a encerrar seus expedientes em um horário onde possam fazer mais alguma atividade no dia. Eles também têm direito a cinco ou seis semanas de férias por ano, têm vários feriados nacionais e até um ano de licença de maternidade/paternidade paga. Enquanto o americano médio trabalha 1.790 horas por ano, o dinamarquês atua por 1.540 horas, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 

Ainda segundo o estudo, na Dinamarca os profissionais possuem mais horas de lazer do que qualquer outro trabalhador do mundo. Em comparação aos Estados Unidos, a diferença é gritante, já que muitas empresas americanas exaltam o excesso de trabalho como um sinal de comprometimento. Organizações dinamarquesas, por outro lado, reconhecem que os funcionários também têm uma vida fora do trabalho e que trabalhar 80 horas por semana é ruim.

2. Autonomia
Nos EUA, se o chefe dá uma ordem, o profissional simplesmente a executa. Em um ambiente de trabalho dinamarquês, pouquíssimas ordens diretas são dadas, e os funcionários, independentemente do nível hierárquico, são mais propensos a vê-las como sugestões.

Geert Hofstede, sociólogo holandês, quantificou a cultura corporativa em mais de 100 países, em vários parâmetros, e um deles é a chamada “distância de poder”. A distância de alta potência significa que os chefes são reis incontestáveis cuja cada palavra é lei. Locais de trabalho americanos têm uma distância de energia de grau 40, enquanto ambientes dinamarqueses têm pontuação 18, o mais baixo do mundo.

Por lei, qualquer negócio dinamarquês com mais de 35 funcionários deve abrir espaço em seu conselho administrativo para funcionários. Isto significa que profissionais dinamarqueses têm maior autonomia e poder de decisão.

3. Benefícios para desempregados
Na Dinamarca, perder o seu emprego não é o fim do mundo. Na verdade, o seguro-desemprego parece bom demais para ser verdade, dando aos trabalhadores 90% do seu salário por dois anos. Nos EUA, por outro lado, perder o emprego pode facilmente levar a um desastre financeiro. Isto leva ao bloqueio de trabalho, ou seja, ficar em uma empresa ou atividade que você odeia, pois não pode se dar ao luxo de sair.

4. Treinamento constante
Desde meados de 1800, a Dinamarca tem se concentrado na educação de seus profissionais. Esta política continua até hoje, com um sistema extremamente elaborada do governo, com a presença dos sindicatos e de políticas corporativas que permitem que praticamente qualquer funcionário possa se desenvolver gratuitamente através de cursos e treinamentos.

Esse processo é chamado de “política de mercado de trabalho ativo”, e na Dinamarca se gasta mais com esses tipos de programas do que com qualquer outro país, segundo a OCDE.

Isto permite que trabalhadores dinamarqueses se desenvolvam constantemente, mesmo em um ambiente de trabalho desfavorável ou mercado em mudança.

5. Foco na felicidade
Apesar de ingleses e dinamarqueses terem fortes raízes em comum, há, naturalmente, muitas palavras que só existem em uma língua e não na outra. E aqui está uma palavra que existe em dinamarquês e não em inglês: arbejdsglæde. “Arbejde” significa trabalho e “glæde” significa felicidade , então arbejdsglæde é “felicidade no trabalho”. Essa palavra também existe em outros países nórdicos (Suécia, Noruega , Finlândia e Islândia), mas não é de uso comum.

Muitos americanos odeiam seus empregos e consideram isso perfeitamente normal. Para a maioria dos dinamarqueses, uma atividade profissional não é apenas uma maneira de receber o pagamento: eles esperam se divertir no trabalho.

Fonte: catho.com.br
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