A prática rotineira de exercícios reduz o risco de pressão alta na menopausa, aponta estudo
A hipertensão é um problema grave de saúde, responsável por 80% dos derrames, 40% dos infartos e 25% dos casos de insuficiência renal terminal. Até os 55 anos de idade, a doença é mais frequente entre os homens, mas a partir daí a proporção de mulheres passa a ser ligeiramente mais elevada. Especialistas apontam que por volta de 80% das mulheres podem desenvolver pressão alta no período da menopausa.
A boa notícia é que um estudo recente feito por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), no campus de Rio Claro, no interior de São Paulo, apontou que praticar atividades físicas com frequência antes dos 40 anos ajuda a prevenir a hipertensão na menopausa.
A pesquisa foi liderada pela professora Angelina Zanesco, do Laboratório de Fisiologia Cardiovascular e Atividade Física da Unesp de Rio Claro, e teve como objetivo descobrir os mecanismos biológicos responsáveis pela hipertensão feminina nessa fase da vida.
De olho no coração – Os avanços obtidos pela equipe de pesquisadores da Unesp são importantes e podem ajudar a reduzir a elevada mortalidade causada pelas doenças cardiovasculares.
Por ano, 17 milhões de pessoas perdem a vida em todo o mundo vítimas dos males do coração. No Brasil, essa também é a principal causa de morte da população, com cerca de 360 000 casos anuais. De cada dez vítimas no país, sete são homens.
Uma das principais causas das doenças cardíacas é o acúmulo de gordura nas artérias. Elas impedem a passagem do sangue, levando ao infarto, ao acidente vascular cerebral (também conhecido como derrame) e às arritmias cardíacas, entre outros males.
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